Assim veio:
A PESQUISA NO IDR PARANÁ PRECISA DE FORTALECIMENTO PARA ATENDER AOS DESAFIOS E CONCRETIZAR AS OPORTUNIDADES DE INOVAÇÃO NO AGRO PARANAENSE
Esse documento tem por objetivo destacar o papel de um órgão responsável pela coordenação da pesquisa agropecuária estadual, bem como pedir apoio para asuperação de problemas identificados no setor de pesquisa do Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná IAPAR-EMATER (IDR-Paraná). Na visão da representação dos Pesquisadores, desde a fusão das instituições do SEAGRI no IDR Paraná emergiram problemas que representam sérias limitações e ameaças à capacidade de realização das atividades de pesquisa na instituição – com reflexos já no presente, mas, principalmente, no futuro. A campanha para o Governo é um momento
oportuno para discuti-los e encontrar alternativas.
Há poucas décadas atrás no Paraná se praticava uma agricultura muito dependente do conhecimento e de tecnologias desenvolvidas fora de seu território, mas o apoio à criação de instituições de pesquisa e extensão contribuíram para mudar esse cenário e construir uma história de sucesso. A partir dos anos 1970, por competente mobilização da sociedade organizada, lideranças e a classe política, foram criadas as bases da estrutura atual da pesquisa no Paraná. Estrategicamente sediado no interior do estado (Londrina), surgiu o Instituto Agronômico do Paraná – IAPAR, um marco ao qual posteriormente se somaram a Embrapa Soja e as universidades, constituindo o atual acervo – que com certeza é invejável e nacionalmente reconhecido – de instituições que compõe ecossistema de inovação para o agronegócio paranaense.
Muitas entregas foram feitas à sociedade desde que a pesquisa foi iniciada no IAPAR há 50 anos (a serem completados nesse ano de 2022, em 29 de junho), com destaque para: criação e registro de mais de 250 novas cultivares de plantas; desenvolvimento de diversas técnicas de produção e manejo adaptadas às condições regionais de solo e clima – e que se tornaram referência aos agricultores e às políticas públicas – tais como o Sistema Plantio Direto e a Integração Lavoura-Pecuária-Floresta (ILP e ILPF); viabilização da citricultura comercial no estado, permitindo a constituição da agroindústria para processamento de suco de laranja nas regiões Norte e Noroeste; obtenção e registro da raça bovina composta Purunã, primeira genuinamente paranaense e com características excelentes de qualidade de carne, produtividade e adaptação, em benefício a nossa pecuária de corte; sustentação do sistema de sementes de qualidade, com produção das classes genética e básica de diversas espécies para a empresas sementeiras; disponibilização do serviço de Alerta Geadas e de monitoramento agroclimático. Além desses aspectos ligados à tecnologia, a instituição atuou com protagonismo para orientar as políticas públicas ligadas ao setor agropecuário do estado, sobretudo na gestão de recursos naturais com os sucessivos e bem-sucedidos programas rurais de conservação de solo e da água, defesa agropecuária, genética vegetal e desenvolvimento socioeconômico. A marca IAPAR, é um ativo que atingiu reconhecimento no Brasil e no exterior, divulgando o nome do estado do Paraná como um espaço de produção agropecuária moderna, com inclusão social e e cuidado ambiental.
Hoje, a agropecuária praticada no nosso estado ocupa posição de vanguarda no
país e no mundo, e contribui de forma importantíssima à Economia na geração do Produto
Interno Bruto (PIB) do Paraná. Além disso, tem destaque a inovação também voltada ao
segmento da agricultura familiar, com repercussão social, e os bons indicadores de
sustentabilidade ambiental. Atualmente o Paraná tem expressividade na produtividade de
soja e milho, sendo o 2º maior produtor dessas commodities no Brasil, o 1º em produção
de feijão, além de ser líder nas cadeias de proteína animal (aves, suínos, peixes e
ruminantes. Mas o desenvolvimento agropecuário demanda continuamente a
incorporação e o desenvolvimento de novas tecnologias que tragam maior produtividade
com sustentabilidade. A informatização do meio rural e a profusão de equipamentos
baseados cada vez mais em tecnologias digitais avança e cria oportunidades de inovações
nunca antes pensadas. A agropecuária 4.0 chegou ao campo e avança rapidamente criando
desafios e oportunidades incríveis de inovação. Também, o cenário das mudanças
climáticas e a necessidade de conservação dos recursos naturais aponta para desafios que
certamente afetarão, tanto as cidades como o campo. A ciência agrícola, como no passado,
é mais do que nunca necessária para orientar os agricultores, empresários e o Estado de
como trilhar nesse novo paradigma. Os ambientes regionais de inovação, vocacionados
segundo as aptidões em clusters de especialização, que no Paraná em grande parte estão
ligados a uma atividade de base agropecuária, também têm demandado maior apoio
técnico das universidade e institutos tecnológicos para embasar o desenvolvimento de
produtos e processos inovadores. Aqui estão as incubadoras tecnológicas, os parques
tecnológicos e uma série de outras formas organizadas visando dinamizar a inovação,
inclusive as governanças constituídas em ecossistemas locais e regionais de inovação, já
presentes em Londrina, Foz do Iguaçu, Cascavel, Guarapuava, Paranavaí, Toledo e Pato
Branco, para falar do interior.
Para isso serão requeridos seus laboratórios de solos, microbiologia, fisiologia
vegetal, fitopatologia, nematologia, entomologia, sementes, informática, biotecnologia,
engenharia agrícola; será necessária a realização de pesquisas básicas e experiências de
campo; será preciso a contínua atualização e capacitação, na fronteira do conhecimento,
do seu pessoal altamente especializado; e será preciso investimento e apoio para financiar
projetos estratégicos ao agro estadual. Para poder continuar contando com esse suporte,
o Governo precisa valorizar e reestruturar a pesquisa no IDR Paraná para seguir em busca
de soluções inovadoras para os problemas potencias. E, ainda, vencer os problemas que
de forma imediata estão colocando em xeque a sustentação da pesquisa no IDR Paraná,
não só de ordem estrutural, com a fusão, mas com a governança que precisa ser
estrategicamente revista.
Certos do entendimento do senhor candidato de que o assunto relativo ao futuro do IDR
Paraná é um dos mais importantes, em termos institucionais, a serem tratados visando um
planejamento de longo prazo para o estado, pela sua capacidade de oferecer suporte à
consolidação de um virtuoso e dinâmico ambiente favorável à inovação e negócios tecnológicos,
agradecemos antecipadamente a atenção e permanecemos à disposição para mais informações
que lhes sejam de interesse. Desejamos sucesso na candidatura e no debate que a mesma promoverá na sociedade em busca do melhor futuro para nossa terra.
Subscrevem,
Pesquisadores ativos e aposentados do IDR Paraná IAPAR-Emater.
Correta a exposição reivindicatória. De fio a pavio. E acrescento que o governo deveria sim oportunizar pesquisas e facilitações na implantação de alternativas agro-industriais justamente para fixar o homem em sua região. Como o cultivo do coco, por exemplo, na região do Arenito Caiuá.
o Governo do Rato…do Ortigara e dos meliantes da Emater fizeram merda…..fizeram uma fusão para economizar nada….colocaram pessoas sem nenhuma expressão…liderança e capacidade na gestão da nova Instituição…. O que tem de novo no Sistema SEAB????? NADA!!!!! se voce analisar os sites…tudo é remanescentes de Governos anteriores…o Ortigara é um caso perdido!!!! Não quero entrar em detalhes no tal do IDR…pois lá vegeta ( termo agronomico) a hipocrisia…a mentira e principalmente a criatividade….. Eles não tem capacidade para PENSAR o Parana…. E a Soja….toma conta do Parana;;;;um absurdo…o Estado PERDEU o equilibrio…cadê a cultura do Feijão..a fruticultura….a Agricultura Organica….Não tem NADA…Se o Ortigara for responder…ele vai ter que consultar o Agide da FAEP!!!