11:53Deltan recebeu R$ 398 mil de “atrasados”

Do correspondente em Brasília

O leitor Jason, que postou comentário na nota publicada ontem (“Os salários milionários dos novos marajás”) tem razão. O ex-procurador Deltan Dallagnol recebeu, sim, verbas indenizatórias e penduricalhos nos pagamentos milionários feitos pela Procuradoria Geral da República no mês passado.
Dallagnol recebeu R$ 398.702,44 a título de verbas atrasadas e indenizações, mesmo já estando fora do Ministério Público desde 4 de novembro de 2021. Esclareça-se, conforme a PGR, que o pagamento foi “proporcional ao tempo de serviço”. O que não muda muito.
O pagamento equivale a 329 salários mínimos, o que coloca o ex-procurador numa lista de novos marajás do serviço público.
Hoje filiado ao Podemos, onde pretende concorrer a deputado federal nas eleições de outubro, Dallagnol virou empregado do partido e recebe R$ 20 mil mensais como ajuda de custos. O pagamento deve durar até o resultado das urnas e, caso Dallagnol seja eleito, até a posse do Congresso Nacional, em fevereiro de 2023, quando passaria a receber salário de parlamentar.
Amigo e parceiro de Dallagnol, o procurador Diogo Castor de Mattos, que ainda tenta reverter seu processo de demissão no Ministério Público Federal, recebeu R$ 159.035,99 de atrasados e indenizações. No total, a PGR teria gasto R$ 156,8 milhões com as verbas extras pagas aos procuradores.

Veja a lista completa:1_5120735854565786081

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5 ideias sobre “Deltan recebeu R$ 398 mil de “atrasados”

  1. Playback Souza ngado

    A indústria do concurso é a que mais prospera, quando se divulgam os valores de contra cheques, holerites do setor público, sem falar de tantas outras mordô,….
    O mundo real vive a desigualdade do bolsa família, dos sem escola, sem dignidade.
    Imagine o lado da política às vantagens, prebendas cargos etc. Aqui é o Brasil feito para ser explorado

  2. Paulo+Motta

    O tal valor não pode ser de atrasados, na verdade são “adiantados” dos próximos dez anos.

  3. Rock

    O gente de sorte eu na minha vida de 62 anos nunca vi ninguém reconhecer meu trabalho e me dar um centavo de gratificação por serviços prestados.

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