6:14NELSON PADRELLA

DIÁRIO DA GRIPEZINHA

Ah! Os tanques de guerra! Ferozes, correndo no campo como machos sequiosos de sexo. O canhão posto à frente, viril como o membro masculino. Balançando nas saliências do terreno. No bojo, as bolas de ferro guardadas como promessa de uma guerra que não se desenrola na cama, sim sobre a relva envolvente como lençóis de amor. Esse tesão de guerra que perturba o sono do menino fá-lo mostrar-se sempre zangado, sempre contrariado, proferindo palavrões, sem empatia por mais nada na vida. A não ser a sede de conquistar poderes jamais conquistados, que talvez dessa forma aliviasse os demônios que o torturam desde o dia em que um tanque de guerra, cheio de confetes e serpentinas, o abraçou no caminho da escola.

Uma ideia sobre “NELSON PADRELLA

  1. wilson portes

    Pô, Padreco, a gente aqui a pensar quer você estava, pouco a pouco, despiorando…
    Ledo e ivo engano.
    A tramoia armada na sua “crônica” de hoje fica a léguas de lonjura de qualquer tipo de raciocínio coerente.
    Nem pode ser classificada como humor negro. Não passa de grotesca forma de achincalhamento de reputação de ocupante de cargo da maior envergadura do país.
    Vá lamber sabão, preclaro Padreco; ou melhor, lamber as polainas do molusco.

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