DIÁRIO DA GRIPEZINHA
E o tiozinho, hein! Não faz outra coisa na vida se não medalhar acólitos, quase que eu digo alcoólicos. É tititi, e lá vai uma medalha. É cococó, outra medalha pra medalhar lá quem seja. Tem a Medalha do Guará Molhado, criada em homenagem ao senador, aquele; tem a Medalha Alã dos Santos, para prestigiar correspondentes estrangeiros, tem a medalha que homenageia o arará-paquetá, que só madame sabe o que é, ou nem mesmo ela, posto que fala o que não sabe, que se fosse falar o que sabe o Governo caía. Madame tem todas. Espetadas nas paredes do quarto como borboletas de latão, quase que eu digo talão. Bem que a senhora tentou carregar no peito aquelas homenagens. Não fosse o escudeiro real, que nesse momento estava debarde, lá se ia nossa senhora catar cavaco. Já se fala na criação do Museu das Medalhas, num puxadinho do palhaço, perdão, do palácio.
Enquanto isso, alhures…
– Abará puitá. Enerê. Cateretê.
– Darlein, quando você fala na língua dos anjos eu fico com o diabo no corpo.