Apareceram duas árvores no meio do campo – e a partida corria solta. Fiz de conta que era tudo normal, afinal, partida internacional. Londrina e River Plate disputavam alguma coisa – e eu estava ali para relatar para ninguém. Um fotógrafo me acompanhava. Olhei na lateral do campo e vi arbustos que mais pareciam criados pela imaginação de Stephen, the King. Pedi que registrasse. Não sei para onde enviaria, mas no quarto do hotel de beira de estrada havia uma máquina de radiofoto da UPI. De repente o barulho dela passando as imagens tomou conta da minha cabeça. E do goleiro argentino também. Ele comeu um frango absurdo e saiu de campo imediatamente. Chorando. O jogo acabou naquele momento. Eu não sabia o nome de ninguém. O público sumiu. O campinho era de várzea e grama ali era coisa rara. Fiquei angustiado. O que iria escrever?