*Foi meu professor no Curso de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Federal do Paraná. Saiu de nossa sala de aula para assumir a prefeitura de Curitiba e fazer da capital um modelo de urbanismo para o Brasil e para o mundo. Uma prancheta o aguarda em algum lugar do universo.
O falecimento de nosso comum e sempre grande Amigo Jaime Lerrner – ainda ontem, o também amigo Abrão Assad informava do precário estado de saúde desse ícone que ganhou o Universo -, consterna, porque desaparece uma estrela maior do universo respeitado do espaço urbano. Lembremos que, em cerca de uma semana, agora, com Jaime, perdemos dois outros nomes da arquitetura fundamentais para o país: José Maria Gandolfi, e que deixa o irmão Roberto; e, em São Paulo, outro ícone, Paulo Mendes da Rocha. São símbolos que nos nutriram com a energia e a luz de quem aprende a olhar o mundo de forma clara e iluminada. Com eles aprendemos a lidar não só com o Homem, enquanto na escala urbana, mas também nos ensinaram como respeitar um mundo feito de Cidades – estas, sempre, prioritariamente, voltadas ao próprio Homem, à Civilidade. Que tenhamos nesse cenário um olhar claro e humano e que nos abra os olhos, diante do triste momento vivido por um país com, cada vez, menor número de exemplos e heróis.
Ainda à espera de um interessado editor, tenho já pronta a pré-edição de um livro que homenageaia, em 2022, os 50 anos de implantação do Calçadão da Rua XV de Novembro, árvoreque, em 1972, foi plantada por Jaime, Abrão e demais, frutificou e é legado de todos nós. A ele, uma vez possível a publicação do documento, é prestada a homenagem no futuro preâmbulo. Que tenhamos em Jaime um exemplo a seguir.
A gente semeia lírios e dentes de leão pelas planícies da vida,as vezes junto com a semeadura nos escapam espinhos e ervas daninhas,mas mesmo adorando o arquiteto e não concordando com o politico só posso desejar que encontre por ai sua amada Fani .Meu Deus,como somos breves.