DIÁRIO DA GRIPEZINHA
Marylin pede para passear comigo, se queixa que eu só privilegio o cachorro. Jolim, que não vai com a cara da minha deusa, rosna: “O tal cachorro tem nome, ô desorientada”. Fica aquele clima de sempre. Os dois se estranhando e eu ali no meio, pacificador. Está na hora de sair com o Jolim. Ele ficou lá pela cozinha, esperando minha decisão. Ou levava um ou levava o outro. Se levo um, o outro ficaria mordido. Se levo o outro, o um ia me encher o saco. Sabem duma coisa? Não levo nem um e nem outro. Um homem tem que saber tomar decisão, tem que se fazer respeitar. Decidi sair sozinho. Jolim que mijasse nos jornais que espalho pela sala e que eu mesmo uso nos meus momentos de cachorro. Fiquei com pena foi da menina, mas quem tem pena é a ema frodita do Palácio. Me levantei. Jolim apareceu com a coleira posta e eu nem sabia que ele já se vestia sozinho. Marylin alisava o vestido, desmanchando inexistentes pregas. No rosto, o sorriso tímido que sempre me vencia. “Tá bom, eu levo os dois. Mas é a última vez!”
Filme: O ANJO DAS RUAS (dirigido por Frank Borzage, com Janet Gaynor, Charles Farrel e Natalie Kingston – 1928). O Presidente, condoído com tudo isso que está aí, sai à rua distribuindo brioches para os famintos e água a quem sede de Justiça. O Anjo das Ruas é um filme de ficção.
Mas um tal de José,leitor do ZB está doando um boneco inflável do Moro escrito super herói,isso pode servir de estepe.