DIÁRIO DA GRIPEZINHA
Quando, depois da Festa do Pequi Roído, Dona Humildes apresentou à síndica a calcinha rasgada do Batman e disse: “olha só que pouca vergonha”, o marido da síndica se interessou e disse: “Bota preço”. Queria porque queria aquela peça histórica do imaginário das HQs, que tinha marcado o carnaval tardio em terras brasileiras. A síndica olhou o marido de alto a baixo, medindo com os olhos como se não o conhecesse de cor e salteado e estivesse vendo o biltre pela primeira vez. E ainda disse assim, na lata: “Quem não te conhece que te compre.” Já ia a serviçal despedindo-se, fazendo todas aquelas mesuras que pobres fazem aos patrões, se inclinando a mexendo as mãos, que nem tinha aprendido num filme de época, quando a síndica toma uma atitude. “Dá aqui!” e catou aquela peça íntima do uniforme do Robin e deu ao marido. Mas, foi peremptória, seja lá o que isso signifique: “Não vai ter coelhinho na Páscoa!”. Ao marido, coitado! Não restava mais que um ranger de dentes: queria a calcinha do Robin usada pelo capitão e queria o coelhinho da Páscoa. “Não se pode ter tudo o que se quer” – disse a serviçal.
Mais filmes que ficaram no ora veja: O Encouraçado Pequi. Oito Pequis e Meio. Pequi Está Em Chamas? Branca de Neve e Os Sete Pequis Roídos. Bambi, o Pequi. Em Cada Coração Um Pequi. A Lenda do Pequi do Mar. Mamãe Roi 100 Pequis. Indiana Jones e o Último Pequi. Investigação Acerca de um Pequi Acima de Qualquer Suspeita. As Loucas Aventuras de Rabi Pequi.