DIÁRIO DA PANDEMIA
E o Brasil passa da categoria merda para a categoria lixo. Isso não sou eu quem está dizendo. Quem disse foram os homens que ostentaram e ostentam a posição máxima no pódio da República. Itamar Franco, em priscas eras nem tão priscas, foi o autor de quem é que manda nesta merda, deixando bem claro a que merda se referia. Bolsonaro, todavia, inovou ao classificar nosso país como lixo. Preocupado com o andar da carruagem, pergunto como é que a coisa fica: se a primeira classificação foi cassada e vigora a segunda classificação, a qual privilegia o atual presidente, ou se permanecemos fiéis ao antigo conceito explanado por Itamar. Estava aqui pensando com meus botões e também com a máscara que aquele danadinho do filho do homem mandou usar sob a cueca. E se uma pessoa qualquer, uma gente do povo, vamos dizer, tivesse feito uma declaração dessas, fosse a número 1, fosse a número 2. Dizer que nossa pátria é uma merda ou um lixo. Melhor ainda: e se uma pessoa qualquer, uma gente do povo, aceitando as duas categorias, dissesse a plenos pulmões que “esta merda é um lixo”? Perguntar não ofélia. Guardo em meu coração a esperança de que a merda vire adubo e alimente árvores que nos darão frutos, e que o lixo deixe de ser varrido para debaixo do tapete e que cada cisco abandone os olhos da gente, para que possamos enxergar o fim do túnel.
Filme: A FORÇA DO CORAÇÃO (Lassie Come Home), com Lassie fazendo cachorradas, Elizabeth Taylor estreando no Cinema + Roddy McDowall, Donald Crisp e um bando de gente sem importância). Num país muito longe daqui um senhor tipo parece que fumei desnomeia o reino onde mora e cria um novo nome. Seu filho, o príncipe Abelardo (Abelardo é o codinome pelo qual é conhecido nas rodas de truco) sai feito uma louca, bradando aos ventos que paipai tinha criado um país novo. Sim, e qual é a relação entre o nome do filme e esse papo magro? E eu sei lá! Não estou aqui para botar a empadinha na azeitona de ninguém.