Do Brazil Journal
A Agepar fez uma mudança de 180 graus ao divulgar a primeira parte da revisão tarifária
da Sanepar para o próximo ciclo de quatro anos — corrigindo algumas distorções da
proposta inicial apresentada no final do ano passado. Agora, a proposta prevê um aumento de 5,8% na tarifa, para R$ 5,66/m³, frente a uma redução de 2,6% proposta inicialmente.
Um gestor que investe na empresa disse que a revisão tarifária ainda está abaixo do que
ele considera justo, mas que a Agepar “corrigiu cerca de 70% dos erros.” “Já foi uma baita vitória. De um pesadelo horrível passou para um sonho ruim,” diz esse
gestor. “Mas ainda está longe de ser um sonho bom.”
Como reportamos aqui, gestores criticaram a primeira proposta da Agepar dizendo que
ela trazia “erros de cálculo grosseiros” envolvendo o WACC, os custos operacionais
teóricos e a linha de ‘outras receitas’. Na nova proposta, a agência reguladora corrigiu o
WACC e os custos, mas ainda manteve o que investidores consideram ser erros na linha
de ‘outras receitas.’
Em relação à proposta anterior, a Agepar aumentou os custos operacionais teóricos em
4,4 pontos percentuais, e o WACC, em 1,59 ponto.
A proposta de hoje ainda não é a denitiva: a Agepar chamou uma audiência pública
para o dia 31 de março e a revisão nal deve ser apresentada em meados de abril.
Numa ‘inovação’ mal vista pelo mercado, a Agepar dividiu a revisão tarifária deste ano
em duas partes. A revisão de agora vai atualizar boa parte dos números, mas o cálculo da
base de ativos regulatórios (RAB) cou para o ano que vem.
“Eles inovaram numa área que não deveria ter inovação. Que deveria ter estabilidade e
previsibilidade,” diz o gestor. “Não temos notícia de nenhuma agência séria do mundo
…
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