Onde estão as fêmeas que cercavam
O tempo em que de jovem me vestia?
Das tábuas de tal cerca só os vãos
Restaram. Quiçá uma ou outra “tia”
Gorda, envelhecida, desdentada
Ainda busque trepar por sobre o muro
Candidatando-se ao posto de amada
Que eu, a essas alturas, não aturo.
Pois o tempo passou. Eu cá fiquei
Assim jovem, assustado com a velhice
Em que subitamente me flagrei.
Onde estão Débora, Célia, onde Alice?
Certamente ali onde as deixei:
– No campo santo, onde ninguém cobice.