por Rafael Moro Martins*, no twitter

Empresários tidos como conservadores têm sido abordados por emissários dos donos da
@gazetadopovo,os irmãos Guilherme e Ana Amélia Cunha Pereira. Ouvem uma oferta para a compra de cotas da empresa que edita o jornal – a R$ 5 milhões cada uma.

Os Cunha Pereira andam preocupados com o prejuízo financeiro da Gazeta e querem vender 30% dela para “levantar capital”. As cotas são apenas do jornal, e não do grupo RPC, que é dono das afiliadas da TV Globo no Paraná e de emissoras de rádio. Ainda não apareceram interessados.

@gazetadopovo, desde sempre um jornal conservador, deu uma guinada à extrema direita há alguns anos, sob o comando de Guilherme Cunha Pereira. Contei essa história tem algum tempo.

Meses atrás, o jornal contrariou os próprios funcionários ao manter o horroroso Rodrigo Constantino entre seus colunistas mesmo após ele dizer que a mulher é culpada pelo estupro se tiver bebido.

A manutenção de Constantino levou diversos anunciantes a deixarem a @gazetadopovo, em resposta a cobranças iniciadas pela brava turma dos
@slpng_giants_pt.

Em resposta, a Gazeta chamou o movimento de miliciano e lançou uma campanha explicando sua opção pelo reacionarismo e alvejando novos assinantes. Houve, pelo que soube, um aumento expressivo na base de assinantes. Mas não o suficiente para cobrir o prejuízo, ao que parece.

*Rafael Moro Martins é jornalista, repórter do The Intercept Brasil