Do Infomoney
A Copel, estatal paranaense de energia, aprovou envio de proposta para migração da companhia para nível 2 de governança da Bolsa.
Além disso, também divulgou uma nova política de dividendos, com o objetivo de proporcionar mais transparência e previsibilidade do fluxo de pagamentos de proventos aos acionistas.
Considerando o nível de endividamento, a geração de caixa operacional e o CAPEX, as propostas de dividendos regulares serão calculados conforme os critérios abaixo:
Alavancagem abaixo de 1,5x = 65% do Lucro Líquido Ajustado;
Alavancagem entre 1,5x e 2,7x = 50% do Lucro Líquido Ajustado; e
Alavancagem acima de 2,7x = 25% do Lucro Líquido Ajustado.
Os sinais sobre a política de dividendos da companhia eram aguardados de perto pelo mercado, após a carta do governo do estado paranaense “(i) condicionando a aprovação da migração da empresa do Nível 1 para o Nível 2 de Governança Corporativa na B3 à realização de uma oferta secundária de ações de titularidade do Paraná em conjunto com a oferta a ser realizada pelo BNDESPAR e (ii) solicitando a distribuição de dividendos extraordinários “no maior valor possível levando-se em consideração as necessidades de fluxo de caixa da Copel ao longo de 2021″. Veja mais clicando aqui.
Dentre os analistas que tinham mostrado preocupação, estavam os da XP que, contudo, destacaram ter uma visão positiva dos anúncios da Copel, pois sinalizam avanços bem-vindos em governança corporativa que ganham ainda mais importância após elevação da percepção de risco após a divulgação recente da carta do governo paranaense.
“Também vemos como positiva a nova política de dividendos. Nas nossas estimativas, as distribuições segundo a nova política implicam um dividend yield médio de 13,3% em 2020-2021. Também vemos como positiva a mensagem da companhia de que a distribuição de dividendos extraordinários em relação às reservas de lucros mencionada na carta do acionista controlador obedcerá os parâmetros da nova política de dividendos. Temos recomendação de compra nas ações da Copel com preço-alvo de R$ 75 por ação”, apontaram os analistas Gabriel Francisco e Maira Maldonado.