DIÁRIO DA PANDEMIA
Não choro sobre o leite derramado. Choro sobre o homem assassinado, que por ser negro era o alvo, que é possível ser negro e alvo em tempos de pandemia. É normal ser negro e alvo quando o homem é a caça e o Estado o caçador. Essa doença que está em nós, alimentada desde a infância, querendo que acreditemos que as pessoas são melhores ou piores por causa da cor da pele. E então é Natal. Um homem negro é assassinado barbaramente na porta de um supermercado pelo crime de ser negro. É preciso que nos lembremos sempre da estupidez desse crime. É preciso que a luta não esmoreça. É Natal e as famílias se alegram, embora a ameaça da pandemia. Na casa do homem assassinado comemora-se o Finados. Como era mesmo que ele se chamava?
O homem não era negro, era pardo. Procure um oftalmologista ou, alternativamente, deixe de querer forçar a barra!
Correto , sr Abilio . Chega de mimimi e forçação de barra !