Quem percorre os labirintos do outro lado do espelho, sabe. O aprendizado do absurdo, do mistério que toma conta, do incontrolável, do limiar da morte com a vida ao lado. Tomei uma cerveja no boteco do outro lado do hospital, na avenida principal. Não era rima. Alguém nasceu ali. Alguém estava morto aqui, achando que vivia em êxtase. Como dono da verdade absoluta dos passageiros da nau dos insensatos. Mania é um nome que combina. Mais um gole. Então vou atrás do oposto à vida. Quase matei. Quase morri. Quase. Deus. Como assim entendi. Mas foi muito tempo depois. E foi quem não prestei atenção naquele dia que não esqueci, quem me ensinou, apenas nascendo e vivendo – e me amando no silêncio da espera.