DIÁRIO DA PANDEMIA
* Circula por aí miríades – sejá lá o que isso signifique – de traços e textos de humor lembrando o craque que o Futebol perdeu. A grande maioria, pelo menos do que eu vi, focava na droga – vício contra o qual ele lutou bravamente – , e muito pouco sobre sua genialidade como futebolista. Quando lembro de Maradona, penso nele como rei do gramado. O resto fica para as comadres conversarem debruçadas na cerca.
*A mediocridade e a estupidez pastam nos campos do meu país. Um mural do Condomínio Chiquito Lopes, no centro de Belo Horizonte, poderá ser apagado caso o racismo e a imbecilidade (se digo racismo não preciso dizer imbecilidade) ganhem a batalha. A artista plástica que assina a obra é conhecida por Criola. Todos concordam que aquela criação é uma das mais belas obras de arte urbanas de BH e enriquece a paisagem, Mas um condômino não curtiu.
*Se eu perguntar qual é o nome do governador do Paraná todos saberão dizer: Ratinho Júnior. (Se bem que sempre é saudável colocar um título de doutor na frente: Doutor Ratinho Júnior, mesmo que ele possa não curtir).Mas, e antes de Ratinho? Peça para uma pessoa comum (pessoa comum é quando o cara não está na Política) citar o nome dos outros governadores que o Paraná teve. Lembrarão de Requião, Álvaro, Lerner, esses mais recentes. Mas dificilmente lembrarão de Leon Peres, o defenestrado; Comendador Fontana, Emílio Garrastazu Médici, Dalton Trevisan, Zacarias de Goes e Vasconcellos, Oraci Gemba, João Chede, Gilda da Boca.
PENSAMENTO NOTURNO-FAMILIAR: Manhê, apagaluz!