DIÁRIO DA PANDEMIA
(*) Revisitando minha coleção de Estampas Eucalol, encontro na série 218, estampa 4, a figura “A Flauta da Vergonha”. E a explicação: “Os músicos medíocres, na Europa, eram expostos num pelourinho durante noventa dias, com uma flauta de ferro amarrada no pescoço e com os dedos apertados nos orifícios do instrumento. Que falta está fazendo esse castigo hoje em dia!” Fico a imaginar o Vocês Sabem Quem com a Constituição do Brasil amarrada no pescoço durante noventa dias.
(*) O Jolim da infância sacava gatos a longa distância. Ai do gato que entrasse no quintal – tinha que meter sebo nas canelas, isso de meter sebo nas canelas era uma expressão da época, que nunca entendi. Não sei o que o cão faria se alcançasse o invasor; talvez nem fizesse nada, que o importante seria só mostrar que estava ligado, mas felino algum teve a curiosidade de pagar pra ver. Um dia, apareceu um filhote de gato, era de manhã bem cedo, ele miava a bom miar, Jolim saiu correndo na direção daquele som. Imaginamos que estraçalharia o invasor, corremos para impedir o ataque e encontramos o cachorro fungando em cima do gato, indeciso se mordia ou dava beijo. O bicho ficou conosco e os dois se entenderam bem até o final dos tempos de um e de outro.
(*) Perguntaram o que foi que eu fiz com o dedo da Marylin, encontrado por acaso na varredura da casa. Meu amigo Silvestre se interessou. Mandou botar preço. Quase que eu digo “o que é isso, companheiro”, mas me contive. Para que quereria ele o dedo enegrejado da menina? Sei lá. Botei na lata de lixo junto com um punhado de flores silvestres.
FRASE FAMOSA QUE UM DIA ALGUÉM DISSE: A diferença entre Capitalismo e Socialismo. No Capitalismo o homem explora o homem. No Socialismo é o contrário.
Ke ke issp companheiro,o dedo fura bolo só era usado em emergências quando o moleque chupava muita jabuticaba com semente e tudo e ai dava aquela obstrução anal onde era cavocada as sementes com o dedo e quando saia o barro parecia mais um girino cabeçudo rsrsrsrsrsrsr
Padrella sempre genial!