DIÁRIO DA PANDEMIA
(*) Estou deixando uma vasilha com água e um prato com comida que o new dog devora como se fosse um flagelado. “Me chama de Jolim e eu prometo que não escapo mais pelo portão esquecido aberto”. Eu disse a ele que não é saudável ressonhar os sonhos que já foram sonhados. Fez cara de não estou entendendo. Me fiz de Glenn Ford e respondi: “Nunca houve um cachorro como o Jolim”. Rita Hayworth se mexeu na tumba.
(*) Puxa! Puxa! Puxa! – Frase ouvida no pátio do quartel durante emocionante partida de cabo-de-guerra. Você não é deste mundo – Expressão que costumamos usar quando encontramos um marciano. Quero que um milhão de amigos e tudo o mais vá pro inferno – cantor de boteco, mais pra lá do que pra cá, misturando músicas de Roberto Carlos. Paraná, serás luzeiro. Avante para o porvir – Ratinho Júnior, entusiasmado depois de ouvir o Greca cantar o Hino de Curitiba.
(*) Gastei todos os meus dentes roendo os ossos do ofício. Perdi meus cabelos brancos em dentes de pentes finos. Fumei todos os meus finos no meio de gente grossa.
(*) CONSELHO ZOO-TRIGUEIRO: Nunca ofereça três pratos de trigo para três tigres. Eles vão rir na tua cara. Ofereça três pratos de alcatra que eles ficarão mais felizes. O que você não deve esquecer é que onde vai a cobra vai a Cassandra.