por Claudio Henrique de Castro
- Candidatos sorrindo e felizes na propaganda eleitoral, como se tudo estivesse a mil maravilhas;
- Sempre aparecem em favelas, em obras, caminhando, com criancinhas no colo – e com um fundo musical;
- Normalmente estão com camisas azuis ou brancas, ternos escuros, com a cidade ou o trânsito de veículos ao fundo do cenário;
- A lei eleitoral proíbe o financiamento de campanhas por empresas e pelos bancos, mas admite as doações dos empresários como pessoa física, o que dá na mesma;
- A legislação permite que os candidatos ricos autofinanciem as suas campanhas, favorecendo os afortunados e mantendo a desigualdade dos pleitos;
- Os prefeitos e vereadores continuam fazendo campanha no exercício do mandato sem se afastar das funções;
- Em toda campanha os candidatos falam que vão despoluir os rios, preservar mananciais e mais propostas ambientais politicamente bacanas, mas os rios continuam cada vez poluídos e fétidos e a natureza cada vez mais devastada;
- Os candidatos não divulgam quais os benefícios e a remuneração e os deveres legais dos políticos – e o que devem, podem ou não fazer;
- Candidatos à reeleição aparecem como novidade e os novos como tradicionais;
- Ver filhos, netos, sobrinhos e toda família se candidatar, sem que eles falem sobre os graus de parentesco, mas se apresentando como novidade;
- Não aparecer a legenda partidária de candidatos, pois isto no Brasil, na maior parte dos casos, pouco importa para o eleitor;
- Ter que aguentar a propaganda eleitoral em horários aleatórios no rádio e na televisão, pois eles descobriram que no horário eleitoral todos desligam estes aparelhos;
- Ouvir propostas vazias e genéricas que não comprometem ninguém e todos esquecem, rapidamente.