DIÁRIO DA PANDEMIA
(*) O bom senso prevaleceu e o corte de araucárias foi suspenso (pelo menos, até o momento). Os roedores da mata agradecem, os vendedores de pinhão que afanam o alimento dos roedores agradecem, donos de soparias que tem sopa de pinhão no cardápio agradecem. Eu, que não sou roedor, não vendo pinhão e nem possuo soparia, agradeço também aos batalhadores que conseguiram essa vitória. Tá todo mundo convidado pra comer pinhão assado na casa do Greca.
(*) É fácil reconhecer um participante do Gabinete do Ódio. Começa pelo modo como ele cumprimenta você. Em vez de dizer bom dia o cara diz ai que ódio. O outro, o que recebeu o cumprimento, se também fizer parte da agremiação, responderá se você soubesse o quanto eu odeio você. Após o que, se abraçam e às vezes rola um lance, mas só às vezes.
(*) Meu coração está cheio de goiabas maduras. Só não me venha aquela louquinha dizer que são goiabas ungidas. O simples fato de ter o Mestre subido na árvore não lhe confere (à árvore) o fabuloso título. Àquela goiabeira poderá, quem sabe, vir a ser local de peregrinação onde haverá venda de velas sacras, cabaças ungidas e outras mercadorias santas. Por que cabaças?- perguntaria o curioso. Pra colher água na bica.
FRASE QUASE POSSÍVEL: “Qualquer coisa, me ligue” (Marylin Monroe a John Kennedy).