15:44Quem são os candidatos?

por Claudio Henrique de Castro

            A safra de demagogos das eleições de 2020 tem um terço de candidatas mulheres e 2/3 candidatos homens.

           Mais da metade é casada, quase quarenta por cento são solteiros e o restante separados, divorciados e viúvos – e na pista.

           Em média são quatro candidatos para prefeito em cada um dos pouco mais de cinco mil municípios do país; candidatos a vereador passam de meio milhão.

O partido com mais candidatos é o PMDB (sempre ele), com 8,11% dos candidatos; sete partidos têm menos de 1% de candidatos.

           Os motivos de cassação ou indeferimento são reduzidos. Por exemplo: a ficha limpa tirou nove candidatos, o abuso de poder dois. Portanto, todos os outros são ilibadíssimos.

           A idade predominante dos candidatos é entre 40 a 44 anos. As idades com menos de 1% estão entre de 80 a 84 e com 18 anos.

           Quase quarenta por cento dos candidatos têm o ensino médio completo, 24% têm nível superiore 12% o fundamental incompleto.

           Quanto a profissão dos candidatos: 21% estão enquadrados em “outros”; entre cinco e seis por cento estão os agricultores, servidores públicos municipais, empresários e comerciantes. Quatro por cento são vereadores, seguidos das donas de casa.

           Os que integram corporações militares e policiais, representados por cabos, sargentos e oficiais, são mais de três mil e quinhentos candidatos. Com certeza inspirados pelo discurso e sucesso bolsonarista.

Religiosos? Oito mil e setecentos pastores, pastoras, bispos, bispas e assemelhados. Avança o estado teocrático?

            Enquanto isto a pandemia caminha para quase 150 mil mortos, a moeda mais desvalorizada no mundo é o real, o Brasil urdi e arde em chamas, 10 milhões passando fome e 40 milhões sem emprego. E daí?

           Candidatos? Todos são os defensores da moral e dos bons costumes, os senhores da probidade pública. Vão enfrentar um orçamento reduzido e a recessão econômica num período ainda em pandemia.

          O que eles querem? Poder, prestígio, subsídios, cargos em comissão e, essencialmente, serem reeleitos nas eleições de 2024.

Fontes:

http://www.tse.jus.br/eleicoes/estatisticas/estatisticas-eleitorais

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