Rafael Greca tem alguns motivos para não participar do debate entre candidatos a lhe tirar a cadeira de prefeito. O mais óbvio a ser apresentado é a concentração exagerada de gente num estúdio de tv, mesmo com todas as precauções contra a pandemia – e uma contaminação, nessa altura da campanha, seria um desastre para ele. Mas Greca, que de bobo não tem nada, sabe que numa situação dessa, por estar nadando de braçadas rumo à reeleição, seria colocado como um grande alvo dos tiros da maioria dos adversários – e desgaste para rebater seria enorme, apesar de ele ser craque em respostas para qualquer tipo de ataque e ter uma memória privilegiada. No seu entorno tem gente que acha também que o intervalo de 15 dias entre um debate e outro vale como um século e, a um mês da eleição, pode mudar muita coisa. Ele não quer correr o risco. Vai assistir em casa, junto da sua Margarita, e certamente vai dar algumas risadas, porque adversários mesmo eles sabe quem são – e estes não chegam ao número de dedos de uma mão.