DIÁRIO DA PANDEMIA

(*) É como se o piloto tivesse sumido, se é que um dia houve piloto. Depois de cinco meses das agências do INPS fechadas veio a informação: os trabalhadores (que com uma parcela de seu salário mantém a instituição viva) receberam a notícia que as portas abrir-se-lhos-iam. E o pessoal acreditou na patacoada. Idosos, grávidas, cadeirantes, muitos aguardando há mais de um ano, vieram de longe e, munidos de senha fornecida pelo INPS, apresentaram-se. Mas, as agências não estavam preparadas para a abertura. Ora, e daí? São apenas pessoas sem importância…

(*) Que não se acuse os lídimos representantes do povo de não terem cumprido com suas obrigações, criando leis que favorecem a classe trabalhadora. O deputado Queromeu 1° apresentou projeto mudando o nome do salário mínimo, que era jocosamente classificado de faz-me-rir por pessoas maldosas. O antigo faz-me-rir passa a ser oficialmente conhecido pelo nome de merrecas. Para marcar a data com brilho e aleivosia, o Presidente da República vai cantar “Beijinho Doce” e o General Queromeu 1°, deputado e autor do projeto, dará três tiros de canhão.

(*) No domingo me diverti com o papo da dupla de ofuristas Capitão América e Buck, seu fiel companheiro. Tinha acabado de rolar a Fórmula 1, no hipódromo italiano (eu disse hipódromo? Me internem), e o garoto do capitão me sai com essa: “Fórmula 1 adoro, mas me deixa muito nervoso, por isso só vejo quando a corrida já acabou”. Ao que o capitão de araque respondeu: “Não entendo muito bem da coisa nem nunca sei quando é pênalti”.

FRASE DO DIA: Olha, vetar eu vetei, mas não me levem a sério.