DIÁRIO DA PANDEMIA
(*) Confirmado: Leonardinho foi avistado na Califórnia, pedalando uma baique, pau de fogo na mão. Pode ser tudo, pode ser nada.
(*) Jogar dominó é interessante. Um jogador coloca uma peça, o outro une sua peça à primeira, obedecendo o valor apresentado. A parede prejudica um pouco a comunicação, mas não se pode ter tudo.
– Quem começa? – Mirtes perguntou. (Não sei o nome do cara, chamo de Mirtes).
– Comece você.
Você, no caso, seria eu. ‘Pronto” – eu disse. “Sua vez”.
– O que você jogou? – ele perguntou.
– Um seis e um dois.
– Eu tenho o gato.
Me assanhei:
– Um gato, assim, amarelo e branco? Que atende pelo nome de Moisés?
Vieram lágrimas. Saudade daquele bichinho que eu catei do nada e amava com fúria e insensatez. E pensar que ele nunca realmente existiu.
(*) Hoje foi dia de fazer a feira. Tirei as verduras da geladeira e levei para a sala. O queijo encaminhei para a varanda. O leite escondi debaixo da cama. Então, peguei a sacola e fui catando cada item, não sem antes brigar com um feirante que queria ficar rico às minhas custas.
MOMENTOS INESQUECÍVEIS DA HISTÓRIA DO BRASIL: Frase que Machado de Assis ia dizer e acabou não dizendo: Maria, minha nêga, vem fazer cafuné no teu neguinho.