No interior dos Estados Unidos o sujeito esticou o braço, levantou o polegar e pediu carona. No banheiro o livro estava bem na frente e abri na página onde a cena era descrita de tal forma que me transportei. Mas não foi para lá, onde uma velha bibliotecária parou o carro, abriu a parta, mas, antes, fez a piada clássica perguntando se o que estava entrando era assassino estuprador. Fui parar numa estradinha de areião e do casebre saiu o morador do sítio com sorriso embaixo do bigodinho fino. Magro, sustentado a farinha, feijão de corda e um franguinho por mês, quem sabe. Me conhecia de outras visitas. Pés no chão, imaginei a sola grossa feito pneu. A camisa tinha um botão que a segurava no corpo. Rasgada. A parte da esquerda parecia querer cair e fugir dali. Encardida. A água do açude nunca a recebeu num mergulho. Meu povo! Olhei de novo as letras do livro. Havia uma descrição da roupa da senhora de uma forma tal que eu a enxergava também. Fechei o livro. A literatura mais uma vez fez a magia.
Pois é,imagino num futuro aquela paisagem horripilante do filme “a estrada”quando a natureza encher o saco de vez dos humanos ,destruindo tudo e deixar uns poucos se devorarem feito canibais.
O mundo precisa conter os genocidas da natureza,e não precisa ir longe,esse governo tem para todos os gostos.