Em março passado o empresário Pedro Joanir Zonta, dono da rede de supermercados Condor, gravou um vídeo para contestar as medidas de prevenção contra o novo coronavírus. Reportagem do Correio Braziliense publicou o seguinte trecho:
“O que é pior? Vamos fazer o que é menos pior nesse momento. Vamos nos preocupar em passar essa fase lutando, não se acomodando. Não é com acomodação que nós vamos resolver os problemas, é enfrentando. Temos que enfrentar. Segunda-feira, volte ao normal. Não escute àqueles que querem a destruição do país, àqueles que acham que quanto pior é melhor. Vamos em frente, pois temos garra, somos guerreiros e temos uma Pátria para lutar por ela”,
Ontem pela manhã ele recebeu alta depois de ficar 11 dias internado em UTI. Disse: “Vi a morte de perto. Agradeço a Deus e a todas as orações feitas por todos os amigos, que se lembraram de mim e oraram por mim”.
O empresário de 69 anos sempre manifestou apoio ao presidente Jair Bolsonaro e antes do dia 11 de julho, quando se internou, suas palavras no começo do problema ainda estavam ecoando ao dizer que as pessoas não deveriam “se acovardar e ficar em casa”.
Se vai dizer algo a respeito depois do que passou, é algo a conferir.
O padre da Perpetuo Socorro omitiu, na saída do hospital, agradecimentos aos médicos e paramédicos que cuidaram. Zonta também. A maioria dos recuperados ergue as mãos para os céus e se esquecem de que os “anjos” que lhes aplicaram injeções, remédios, acompanharam suas temperaturas, a oxigenação do sangue, estavam ali, ao lado deles, irreconhecíveis, claro, eis que mascarados.
Bem feito.
E não vai mudar, vai continuar estúpido.
Vai dizer que lutou.
Deve ter pego de um funcionário que anda em ônibus lotado.