de Roberto Muggiati
O carioca é muito criativo. Os assassinos de aluguel andam muito caros. O sindicato do crime bolou um novo esquema. Fez por computador um levantamento pormenorizado de nomes, restaurantes (alguns até de luxo) e serviços de entrega.
Cada cidadão-alvo da sua lista de mortes encomendadas – confinado, comendo em casa – recebia sua quentinha previamente lambida por um covideano cadastrado, que acabava deixando um dinheirinho para a família. (Vocês não imaginam como esse trabalho é procurado…).
O entregador apanhava uma comida “batizada” e a entrega na casa do condenado à morte. Depois, era só monitorar o que acontecia … e coletar uma avó. Às vezes, morremos também nos pais, empregados ou até animais de estimação no endereço das entregas pandêmicas.
Mas a coisa funcionava. E um custo muito mais em conta, nestes tempos de crise