17:48ZÉ DA SILVA

Baixou o cabôco Junco Verde para iluminar os caminhos. Estava sentado na frente dele e nem sei porque fui ali. Me olhou com a força da paz e o sorriso dos desprendidos. Não abri a boca, mas os ouvidos, sim. A alma estava nas trevas, não contaminada. Ele disse que eu estava atrapalhado, mas que… “Você vai flutuar sobre os espinhos”. No carro parado no estacionamento ao lado do terreiro, uma bolsa de couro com grife de descolados, guardava o que eu queria – sempre: as doses prontas para o sangue! Muito tempo depois, novo encontro com Junco Verde. Quando me sentei na sua frente, não era ele que estava ali. O ‘cavalo’ disse que era outro que tinha de falar comigo. Então veio – e nunca vi tanto sorriso de alegria. Ele pegava nas pontas das minhas orelhas e falava para quem quisesse ouvir: “Olha como ele está bem!”. O brilho do meu olhar, acho, foi suficiente para agradecer. Fui lá pra isso. Ele, então, disse para os cambonos sentados ao seu lado: “Mas o menino deu um trabalho…” Então eu soube, para sempre, que ele sempre esteve comigo. Flutuando, porque espinhos existem. E hoje recebi uma mensagem, vinda de quem chegou e não sabia dessa história. Assim: Protege meu caminho/ Ilumina minha estrada/Orienta minhas decisões
Governa minhas ações.

Uma ideia sobre “ZÉ DA SILVA

  1. SERGIO SILVESTRE

    Dariam belos contos se pudêssemos se lembrar de todos os sonhos que sonhamos.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.