Carlos Decotelli, o novo ministro da Educação, entrou na chuva e se queimou com a série de achados em seu currículo. O último foi que a Universidade de Wuppertal, da Alemanha, negou que o novo ministro da Educação tenha obtido o título de pós-doutorado. Pesa sobre o novo ministro também o fato de ele ter sido o responsável pela licitação de bilhões para compra de computadores quando era presidente do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação. O Tribunal de Contas do União implodiu a coisa que tinha cheiro de mutreta – e da grossa. Renato Feder, secretário da Educação do Paraná, que começou a semana passada bem cotado para o cargo e foi preterido, tinha até pronto um texto, preparado por sua assessoria, com um resumo de sua história. Era para distribuir caso o martelo fosse batido. Para quem interessar e quiser comparar, segue:
Renato Feder, 41 anos, nasceu em São Paulo (SP), é mestre em Economia pela Universidade de São Paulo (USP) e graduado em Administração pela Fundação Getúlio Vargas (FGV). É secretário da Educação do Paraná, onde comanda a Educação para mais de 1,07 milhão de alunos e gerencia mais de 100 mil servidores. Na Educação Pública atuou também como assessor especial da Secretaria de Estado de São Paulo.
Renato foi professor, gestor de escolas e diretor por mais de dez anos, atuando desde a Educação Básica até a Educação de Jovens e Adultos. Feder também esteve à frente das aulas de Economia na Universidade Mackeinze, onde adquiriu vasta experiência com o Ensino Superior.
Se dedicou também em experiências internacionais na Educação, tendo visitado e se aprofundado no funcionamento e gestão de escolas e sistemas educacionais de países como China, Coreia do Sul, Japão, Canadá, Israel, Finlândia e EUA.
No setor privado, Feder consagrou-se como gestor na posição de proprietário da Multilaser, na qual está licenciado. Transformou a empresa familiar em uma das gigantes do setor de tecnologia no Brasil, com faturamento de anual R$ 3 bilhões e mais de quatro mil funcionários.
Nos últimos anos aliou o seu poder de gestão e decisão, a grande paixão pela educação, vasta experiência como professor e o faro para tecnologia e modernizou a Educação do Paraná. Em menos de um ano implementou projetos revolucionários no estado, como o moderno sistema de chamada on-line, para reduzir a evasão e envolver ainda mais a família na Educação dos mais jovens. A implementação do Prova Paraná também foi destaque em todo Brasil, sendo capaz de aferir a evolução da aprendizagem dos mais de 1 milhão de alunos a cada dois meses.
Renato Feder notabilizou-se por criar o Aula Paraná, o mais completo sistema de ensino à distância do Brasil para enfrentamento da pandemia do Covid-19. Implementado em tempo recorde de 15 dias, o sistema contempla três canais de TV aberta, um aplicativo já com 930 mil downloads, mais aulas virtuais pelo Google Classroom, tudo com internet gratuita aos 1,07 milhão de estudantes e 100 mil profissionais da educação.
Como secretário da Educação Renato também introduziu no currículo do Paraná o que há de mais moderno no mercado: aulas de programação de computador, Empreendedorismo e matemática financeira, permitindo que milhares de jovens saíssem da educação básica direto para o mercado de trabalho.
Não colocaram no currículo o processos que Feder responde na Justiça por sonegação fiscal milionária?
https://www.metropoles.com/brasil/justica/cotado-para-lugar-de-weintraub-feder-foi-denunciado-por-fraude-milionaria
Se não foi transitado e julgado não se pode dizer culpado.
É preciso reconhecer a capacidade de um jovem que está a frente de seu tempo. E não com um curriculum fajutado, deformado o senhor ministro terá uma tarefa difícil para sobreviver, com a farsa e denúncias.
Se responde processo não deveria ser nomeado secretário, tem dezenas de profissionais competentes sem responder processo. Se estivesse à frente de seu tempo não trocaria São Paulo por esse cargo de 20 mil no Paraná, iria para uma multinacional.