Um vaso quase perfeito
Esse era o jeito
Ao qual ela se moldava
Uma luz no meio
Um semblante alheio
Ao que ela melhor dava
E era quase certo
O susto na madrugada
Um amor singelo
Uma lua amarela
E ela não se importava
Era mais que hora
De partir rumo ao nada
(Que lhe sobrava)
Porque mesmo a morte
Não a ameaçava
E ela atirava moedas
Em um pântano assombrado
Fazia pedidos
E se virava ao sol molhado
De prantos sem mistérios
De chuvas no cerrado
E espelhava o raio
Que sentiu quando chorava
Cada gota se quebrava
Na terra que se partia
Para receber sua estrada
E como diziam no forte
Ela é a namorada
Da órbita que se viu longe
Com uma curva desalinhada