Do correspondente em Brasília

Parece roteiro de filme. Abrahan Weintraub foi demitido em público na quinta por Bolsonaro, tudo filmado num vídeo ridículo e constrangedor para o Presidente. Mas a exoneração não foi veiculada no Diário Oficial, como deveria. Com isso, Weintraub conservou o passaporte diplomático, capa vermelha. Esse passaporte permitiu a ele entrar hoje nos EUA, superando as restrições da imigração americana, impostas pela covid-19. Chegou em Miami, na surdina, numa fuga espetacular, para escapar dos inquéritos que responde perante o STF. Uma vez em solo americano, o governo agora publica, em pleno sábado, uma edição extra do diário oficial, trazendo a exoneração de Weintraub, com o que cai a validade do passaporte diplomático. Ou seja, Bolsonaro e Weintraub de forma ardilosa enganaram a justiça brasileira e as autoridades americanas, numa tacada só.

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Além dessa inusitada situação, a pergunta que não quer calar é: por que diabos Weintruab escolheu Miami e não Cachoeiro do Itapemerim ou Foz do Iguaçu, como nos recomendou o guru Paulo Guedes