Um dos dois homens assassinados barbaramente no posto de gasolina da rua Vicente Machado no final da tarde de ontem era advogado. Há algum tempo seu nome apareceu numa “notícia-crime” do coletivo “Advogadas e Advogados pela Democracia” encaminhada ao Superior Tribunal de Justiça por conta das revelações do The Intercept Brasil a respeito das atuações do juiz federal Sérgio Moro e da força-tarefa da Lava-Jato do Ministério Públicos Federal. “Como já é público e notório, o ex-juiz e os procuradores da autodenominada Força- Tarefa Lava-Jato de Curitiba/PR, se valeram dos cargos públicos para fabricar denúncias criminais e processos judiciais com o fim de obtenção de vantagens pessoais”, está lá escrito. O advogado, segundo fontes da polícia, já tinha sido autuado por tráfico de drogas e era conhecido como “roleiro”, ou seja, se metia em negociatas à margem da lei. Pelas imagens divulgadas, ainda segundo policiais experientes, parece que o motivo do crime foi um acerto de contas que descambou para a barbárie. Tanto que um deles, o primeiro a sacar a arma, nem se preocupou em esconder o rosto. Um dos assassinos já foi preso. Portanto, uma coisa não tem nada a ver com outra, mas os urubus já estão querendo fabricar carniça política.