A Associação Comercial do Paraná (ACP), através de seu presidente Camilo Turmina, botou o bloco na rua há algum tempo para abrir as porteiras dos estabelecimentos, inclusive as dos shoppings. Agora que o calo começou a apertar, e a pandemia a se alastrar, como foi previsto por quem pensa um pouco e entende do assunto, tenta fazer a curva do vento e dar nó em pingo d’água. Turmina disse, através de nota da entidade divulgada ontem, sobre a preocupação com “com a situação dos ônibus e de eventuais aglomerações nas ruas e em bares e polos gastronômicos, após declarações do prefeito Rafael Greca e da secretária municipal de saúde Márcia Huçulak de que há possibilidade de a prefeitura tomar medidas mais drásticas, caso se registre aumento nos contágios da Covid-19 na cidade, com o risco de retrocesso nas medidas de flexibilização das atividades econômicas”. Hummmmmmmmmmmmmm. E que, alvíssaras, “está sugerindo aos associados que ofereçam como alternativa aos seus funcionários a substituição do vale transporte pelo valor correspondente em dinheiro”. E explicou! “Desta forma eles podem utilizar seus próprios veículos, organizarem-se em grupos de carona e utilizarem apps de transporte e assim evitar os riscos de utilizarem o transporte público”. A ninguenzada, vulgo público consumidor, é apenas um detalhe nessa coisa toda. Expressionante!
Ah, sim, está havendo muita contaminação nos shoppings, com um cliente a cada 25 metros quadrados! Nos ônibus, com gente fungando no cangote uns dos outros e cinco pessoas por metro quadrado, está tudo maravilhoso, não é mesmo? Menos hipocrisia, por favor!
O calo apertou, e a pressão de demanda na saúde, acendeu a luz de alerta.
O Greca e seus assessores tiveram a felicidade de implementar reformas no funcionalismo e garantiu o salário dos servidores. Este mérito custou politicamente, mas, hoje com a pandemia traduz numa cidade funcional.
E se fossem a pé para o trabalho, Camilo Jóia? Todo mundo emagreceria