No tempo que era idoso a vida valia a pena. Saía cedo pra buscar o pão e o leite, chegava em casa e o café já estava na mesa, todos já tinham acordado e éramos o que se pode chamar de família. Agora que sou criança a vida está um saco. Não me deixam sair pra comprar o pão, eles decidem sobre meus agasalhos, e na mesa ninguém escuta mais o que eu falo.
Todo velho,entre o despertar e dormir,nas madrugadas frias,navega seus pensamentos na sua infância,se lembra do beijo doce atras da Ermida na Cidinha piolho, do jogo de burquinhas e chega até sentir o cheiro dos melões maduros no meio dos milharais,sem contar com aquele colorido seco e amarelo envolta da boca,depois de chupas muitas mangas espadas,Pois é;
Ihhh!? Quer ser ouvido: faz xixi, solta um pum, em certas fases da vida a linguagem tem outra conotação.