Que triste destino lhe foi reservado. A beleza das músicas tristes, a solidão a seu lado – e um samba canção. Nada que tenha solicitado; apenas a sorte de um coração que vai meio errado ao fundo da lição. Um só namorado, a lua ao agrado de um trovador que semeia joias sem direção. Quisera-lhe o ardor de uma lenha que chora a fermentação de um vinho sagrado que derrama ilusão. Mas o lago é raso e a vida, talvez, uma intuição de que um dia fôssemos mais calmos na decisão de ir longe ao norte, de ficar por conclusão. Se sabemos algo, logo vem a traição da vida que sacode qualquer intenção de ser mera expectativa, de ser o fardo da perdição. Quem acha algo, pode dizer com convicção: a sorte nos faz fortes, porém cegos da criatura de nossa visão. Altos e serenos, calmos desalentos e uma única razão: as ondas do mar ainda batem forte junto às batidas do coração.