Do enviado especial
O novo edital da Secretaria da Administração do Paraná para a gestão da frota oficial mantém o reajuste de até 187% em serviços a serem contratados, como é o caso da mão-de-obra para consertos e manutenção de veículos.
O novo pregão está marcado para o próximo dia 5 de junho e estipula um valor máximo de R$ 147.888.904,00 por dois anos de contrato, exatamente os mesmos parâmetros que sustentam os valores que vem sendo pagos à MaxiFrota em regime emergencial há quase um ano.
O estranho é que os valores fixados como teto de gastos (R$ 73,9 milhões por ano) representam um aumento de 72% sobre os R$ 43 milhões despendidos em 2018 com a antiga gestora da frota, a JMK, que foi alvo de uma operação policial no ano passado. Com esse fato, o Estado decretou unilateralmente a rescisão do contrato com a JMK.
A MaxiFrota integra o mesmo grupo econômico da Bahia que controla a Nutricash, responsável pela gestão do cartão-combustível usado no abastecimento da frota de 16 mil carros oficiais, incluindo ambulâncias e veículos policiais.
Alô TCE, alô MP…
Além dessa farra com dinheiro público, há muitas outras situações de gastança criminosa no governo do estado: frotas super dimensionadas, com carros apodrecendo nos pátios (secretaria do desenvolvimento sustentável, antigas SEMA), centenas de comissionados cabos eleitorais que só foram contratados para atuar nas eleições, muito pessoal de escritório e pouco pessoal de linha de frente, e muito mais. Precisamos de um governo mais eficiente, nas próximas eleições.