Do blog Contraponto
Moradores e proprietários de casas na Ilha do Mel denunciam o abandono do local pelas autoridades. Com a proibição do acesso para turistas e o escritório do IAP fechado em razão da pandemia, aproveitadores estão invadindo áreas de mata nativa e terrenos de propriedade do Estado. As ocupações irregulares estão acontecendo nas áreas do Farol e Nova Brasília. Embora tenha sido alertada, a Polícia Ambiental não tem agido.
Os promotores das invasões são moradores, inconformados com o projeto de lei enviado pelo governador à Assembleia Legislativa, que altera algumas normas sobre a gestão da Ilha do Mel.
O projeto cria uma unidade de administração da Ilha do Mel, altera o zoneamento ambiental , define parâmetros construtivos e proíbe novas ocupações, bem como desmembramento ou divisão dos lotes existentes.
E é justamente esse último item que está por trás das invasões. A parcela de moradores descontentes alega que não houve consulta à comunidade para a formulação do projeto e que este não é o momento para alterar a legislação
“O projeto até poderia ser discutido com a comunidade. Mas o que esse invasores defendem é que o governo deve continuar a fazer a cessão gratuita de terrenos para nativos, indefinidamente.
Se esse entendimento prevalecer, ao arrepio da lei e do bom senso, em breve não haverá mais um paraíso ecológico a ser visitado. Se as autoridades não agirem, coibindo imediatamente essas ocupações, a Ilha do Mel vai se tornar uma área degradada e favelizada”, diz um morador, que por razões óbvias prefere o anonimato.
A ilha é incompatível com ocupações habitacionais; quanto mais pior. Já foram além do aceitável. Lá não tem condições mínimas para urbanização, exceto alguns empreendimentos para turismo de ocasião, três meses no verão.
Oportunistas e mal intencionados. Feios, sujos e malvados.