12:34O direito universal à saúde

por Claudio Henrique de Castro

A consciência de que a Educação e a Saúde devem ser universais para todos, independente das classes sociais, é algo natural na França e em outros países, principalmente depois da 2ª Guerra Mundial.

A ideia de que os bancos e as corporações globais devem lucrar menos e contribuir muito mais para as desigualdades sociais também está se consolidando a partir dos estudos da obra O Capital no Século XXI, de Thomas Piketty.

No momento, a população mundial está em suas casas se esforçando para debelar a pandemia do Covid-19.

Alguns segmentos econômicos faturam com a crise, principalmente os da fármaco-químicas e  investidores especulativos. Nas guerras, foram e são as indústrias bélicas.

Quais razões de não termos no Brasil os leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) suficientes para atender a população? A resposta e simples: falta de planejamento e de investimentos públicos, além do tradicional desvio de recursos.

O que podemos fazer?

Os gestores podem encampar hotéis, estruturas de atendimento e até hospitais particulares para atender a população de forma universal e emergencial, a exemplo que está ocorrendo na Espanha e outros países.

Podem encampar imediatamente as indústrias de álcool gel e de medicamentos que estão faturando alto com a procura em alta demanda – e isto foi feito pela União Europeia.

Fazer a distribuição de renda direta aos setores que ficarão sem renda, diante dos isolamentos residenciais, para reduzir as consequências econômicas da crise, a exemplo dos EUA.

Também, como a China, iniciar imediatamente construções emergenciais de hospitais com o aumento da oferta de leitos,  como também mobilizar as Forças Armadas e da Segurança Pública neste cenário.

A unificação do gabinete emergencial da crise e das medidas determinadas pelo Governo Federal é o que se impõe para evitar ações estaduais  e municipais fragmentadas e, por vezes, antagônicas.

Os esforços dos governos, no enfrentamento da crise, devem ser rápidos e antecipados para a solução dos cenários futuros ou imediatos.

Em resumo, devemos fortalecer a defesa do Sistema Único de Saúde e as ações de estado que possibilitem a plena e universal igualdade do Direito à Saúde.

É hora de prevalecerem as forças transformadoras da solidariedade e da Justiça.

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