De Rogério Distéfano, no blogO Insulto Diário

ANIELLE FRANCO, presidente do Instituto Marielle Franco, reclama da falta de “representatividade” de negros na série da Globo sobre o assassinato da irmã e do motorista que a conduzia. Vai do diretor, José Padilha, à equipe técnica. Para ela, assunto que envolve negros tem que ser tratado por negros. Menos os bandidos brancos, autores do crime – quem sabe com atores negros.

UM TEMA para a Escola de Frankfurt dedicar 50 anos de debates. É a desapropriação cultural, vertente do delírio da apropriação cultural. Ainda que mal pergunte, já não está de bom tamanho, suficiente para denunciar e amplificar o contexto do fato, que a rede Globo produza série sobre o crime? Mais um pouco a presidenta dá uma de filha do Garrincha e bloqueia o projeto.

O REPTO de Anielle atiça a indignação do Insulto: que dizer do diretor Wagner Moura e seu Marighella, no qual escala para personagem-título nada menos que Seu Jorge, o negro mais bonito do Brasil? Marighella era branco como o capitão do outro time, Jair Bolsonaro. Wagner ainda filma Lázaro Ramos no papel do Mito e Flávia Alessandra como Michelle, dois eles como Anielle..