15:51A conta das doenças do tabagismo

Do ACT blog

Ressarcimento ao SUS: juíza confirma que fabricantes de cigarros internacionais podem ser citadas por meio de brasileiras

Em maio do ano passado, a Advocacia Geral da União (AGU) entrou com uma ação pedindo o ressarcimento ao SUS pelas empresas Souza Cruz e Philip Morris, devido aos gastos com doenças relacionadas ao cigarro. Essa ação é um marco muito importante para o controle do tabaco no Brasil, já que há um enorme abismo entre os tributos pagos por essas empresas (cerca de 13 bilhões de reais, segundo estudo do Inca) e o custo com o qual o país arca devido a perda de produtividade e tratamentos (cerca de 57 bilhões, segundo o mesmo estudo). Mais informações também podem ser encontradas na página da nossa campanha Conta do Cigarro.

Apesar desse déficit de quase 44 bilhões de reais, a ação da AGU estava parada porque a Souza Cruz e o braço brasileiro da Philip Morris haviam se recusado a receber os mandatos em nome das empresas internacionais, que também eram citadas no processo, alegando que não seriam formalmente filial, matriz ou sucursal delas. Agora, entretanto, a juíza Graziela Bündchen, da 1ª Vara Federal de Porto Alegre, decidiu que as matrizes internacionais podem, sim, ser citadas por meio de suas subsidiárias, e o processo deve voltar a tramitar.

E já não era sem tempo! Essa é uma decisão que deve ser comemorada, pois, como diz nota emitida pela ACT, “são comprovadamente empresas do mesmo grupo econômico, que realizam a mesma atividade comercial, qual seja, fabricação e venda de cigarros, com atuação coordenada pelas empresas internacionais. Com esta decisão, o processo volta a tramitar, com abertura de prazo para defesa das empresas no prazo de 30 dias. É muito importante que as matrizes internacionais também sejam responsabilizadas, pois lucram com o negócio realizado no Brasil, e sempre detiveram e exerceram poder de controle sobre as unidades brasileiras”.

Está mais do que na hora da #ContaDoCigarro ser paga!

2 ideias sobre “A conta das doenças do tabagismo

  1. Parreiras Rodrigues

    Parei de fumar em 27 de abril de 2007. Foi a partir dai que comecei a pagar as contas dos 50 anos de fumegação. Cada broncodilatador pra DPOC (enfisema) não custa menos que 250 paus mensais. E uso duas marcas.

  2. a verdade está lá fora

    Com 97% de imposto no cigarro, quem lucra é o governo.
    Fazem mais de 30 anos que não tem propaganda de cigarro em televisão, revistas, etc e mesmo assim milhões vão lá e fumam, não dá para dizer que a indústria do tabaco é quem influencia o pessoal, as pessoas fumam porque gostam, apesar do mal de faz.
    Quem está obrigando os fumantes a comprar imposto com sabor tabaco???
    Esta briga está errada, pois tem um monte de gente brigando contra o cigarro e a favor de liberarem a maconha. O ato de fumar é o mesmo.

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