Do Goela de Ouro
Os chamados ‘spoilers’ geralmente são odiados – e esse não foge a regra poiis trata-se de dados fresquinhos sobre o balanço da Sercomtel/Copel referente ao exercício de 2019. Esses números são tratados com sigilo absoluto pela cúpula da estatal para não arrepiar os possíveis participantes do leilão de privatização marcado para fevereiro – ou os credores judiciais.
O “Vaza Sercomtel” é confiável e revela: o faturamento da operadora estatal de telefonia em 2017 foi de 238 milhões, caiu para 220 milhões em 2018 e no ano passado 2019 fechou próximo dos 200 milhões, o menor valor desde 2014.
Ao que parece o advogado do PTB de Apucarana, Nilso Paulo, indicado por Alex Canziani, tinha maior tino para vendas que seu sucessor e ex-gerente comercial da Folha de Londrina, Luciano Khul, este da cota do PP de Maringá e encaminhado por Ricardo Barros.
O patrimônio da operadora Sercomtel – da prefeitura de Londrina e de sua sócia Copel – também sofreu grande retração: era de R$ 72 milhões em 2017, passou a R$ 73 milhões em 2018, e no ano passado (2019) ficou em torno dos 40 milhões, o menor valor dos 51 anos da empresa.
Para quem não sabe, o patrimônio nominal da Sercomtel em 1997 era de R$ 307 milhões de reais, antes da venda dos 49% de ações feita por Antonio Belinati à Copel no governo Jaime Lerner. Atualizado pelo IPCA, esse valor seria hoje de R$ 1,1 bilhão.
Como os números do balanço ainda não foram fechados em definitivo, e a diretoria financeira tem algumas decisões contábeis a tomar, como o empréstimo de R$ 30 milhões à prefeitura na era Belinati – e nunca pago, o prejuízo nesse momento oscila entre R$ 30 a 50 milhões.
Se o prejuízo contábil for de 30 milhões, o patrimônio da telefônica ficará em R$ 40 milhões. Mas, se o valor negativo for de 50 milhões, ele será negativo.
Isso impossibilita a implantação do plano “D” de demissão, com recursos da Fomento Paraná.
Resta saber se os atuais administradores da Sercomtel serão conservadores, provisionando os passivos e acautelando os ativos, apresentando um vermelho contábil de 50 milhões, ou serão ousados, segurando o prejuízo na casa dos 30 milhões, sob a responsabilidade de seus CPF’s, para manter a esperança do empréstimo com a Agência de Fomento do Paraná, onde justamente a tia do prefeito Marcelo Belinati, Emília Belinati (a vice governadora de Jaime Lerner, quando a Copel comprou as ações em 1998) continua a dar expediente desde Beto Richa, Cida Borghetti e agora Ratinho Junior, que manda na Copel e nos seus indicados como diretores da empresa e conselheiros de Administração e Fiscal.
Aguardemos os próximos capítulos: talvez uym leilão deserto em fevereiro, e depois novo Edital complacente para dar ao Sercomtel o fim que a família Belinati sempre desejou por motivos pouco republicanos.
Copel de Daniel Abelardo Chacrinha Pimentel de novo na in competência… pena