Maria Jamur, esse era seu nome. Minha professora no Ginásio (hoje Colégio) Dom Alberto Gonçalves, em Palmeira. Ela me ensinou a não ter medo de livros de muitas palavras,e foi assim que li os clássicos franceses, os ingleses, os russos, outros. E os brasileiros do fim do século 19 e começo do 20 (só mais tarde me interessaria por Graciliano Ramos, João Cabral, Guimarães Rosa, Drummond, Jorge Amado, Bandeira, Mario de Andrade…).Hoje que a Estupidez lança seu negro manto sobre o país, agradeço comovido a temida Maria Jamur (nós tínhamos medo da sua severidade) por nos ter mostrado o caminho da Liberdade. Obrigado por me ter feito ler livros de muitas palavras.
Deveria ser gravado em granito essa fantástica recordação-homenagem e colocada na entrada desse colégio, para os presentes e futuros estudantes. O grande Monteiro Lobato disse: um país se faz com homens e livros. Aí está.