Do enviado especial

O novo cancelamento do pregão eletrônico para a contratação da empresa responsável pela manutenção de 16 mil carros do Estado do Paraná, determinado hoje pela manhã, minutos antes da licitação, tem como pano de fundo as suspeitas de superfaturamento nos custos de serviços e o cheque em branco para as concessionárias credenciadas, que não estão obrigadas a seguir o preço-teto estipulado pelo pregão.

Vale lembrar que, fora das concessionárias, o custo de mão-de-obra para veículos leves (a ampla maioria) passou de R$ 32,00 no contrato anterior para R$ 92,00 a hora/homem no edital da nova licitação, um aumento astronômico de 187%.

O preço global do contrato, de R$ 147,8 milhões para dois anos, é 28% superior ao teto anterior, embora nos últimos anos a frota tenha sido renovada em todas as áreas do governo, o que permite concluir que veículos mais novos dão menos manutenção. O que não parece ser o raciocínio do condutor da licitação, o diretor geral da Secretaria da Administração, Bráulio Fleury.