De Rogério Distéfano, no blogO Insulto Diário
O Brasil é a terra das leis salvadoras. Tantas fez e tantas faz que deveria ser o paraíso na Terra. Nenhuma salvou, nem a Áurea. Os pretos continuam escravos. E os brancos são escravos da própria estupidez.
O PRESIDENTE sancionou o juiz das garantias, a Cuca do pessoal da Lava Jato. Acertou a canela do ministro da Justiça, autor do pacote no qual o Congresso enfiou esse jabuti. Quanto juiz, Moro não foi amigo das garantias. Que o digam os delatores que ele punha no último lugar da fila dos depoimentos, o delatado no primeiro.
HAVERÁ GARANTIAS reais e efetivas com esse juiz? Se a realidade brasileira diz alguma coisa sabemos desde já que o Judiciário ficará mais inchado, mais guloso e o orçamento mais minguado para pagar mais juízes e todas suas garantias. No mais, soa como mais um modismo brasileiro, de tudo corrigir com leis e mais leis. A lei do abuso de autoridade não bastava?
QUEM quis fazer filho na mulher de Mateus, que sustente uma e embale o outro. A primeira vítima da nova lei foi o ministro da Justiça, que ali pretendeu redimir-se das críticas de juiz arbitrário – e, por que não dizer, lançar o primeiro estágio do foguete com que pretende atingir o Planalto. Deu no que deu, o maior beneficiário poderá ser Flávio Bolsonaro.
O JUIZ das garantias será o equilíbrio da Lava Jato? A intenção da lei foi essa, procuradores e juízes da Lava Jato, Moro por todos, tocaram a sacrossanta impunidade dos corruptos. Então, dá-lhes garantias, o juiz para aparar as asinhas dos procuradores com sangue nos olhos. Como disse Ataulfo Alves, “tantas fizeram que desta vez a morena foi embora”.
Corruptos (PT, PSOL e outros) comemoram a frouxidão à impunidade por parte de quem se elegeu na promessa de destruí-la.