# “ O senhor fez um pouco de xixi, quer que a gente traga outra calça?” Era a médica, uma princesa nissei, sanssei, nuncassei. Ainda no torpor do propofol, no instinto de mijão olhei para baixo, a imensa e vexaminosa mancha redonda na moldura da calça escura. “Vem com cueca?”, pergunto, ainda meio grogue. Não tinham cueca, oferecer calça já era luxo, mesmo para cliente de caderno.
# Juro que não foi a primeira vez que faço dessas, mas como diria a doutora G. Arde, sou reincidente específico no xixi. Nas festas, dou aquela saidinha no meio e volto molhado. Uma vez a mulher mais linda presente notou e meteu a boca. Tive que sair com a desculpa de que a torneira tinha jato muito forte. A safada ainda me gozou “Jato forte só o Moro, o teu é torto”.
# Foi meu segundo vexame com japonesas. Do primeiro ainda não estou curado. Foi com a fisioterapeuta do reiki, uma técnica oriental que faz dormir. Era no tempo da cueca samba canção, dormi e quando a doutora me acordou muito delicada olho pra baixo e lá estava o semelhante, dormindo do lado de fora.
# Natural, diriam os que nunca passaram por isso. Um desastre, diz o cara que paga mico a torto e a direito e nunca aprende. O psicólogo me diz que tem solução discreta e barata, o fraldão, por sinal muito em voga nos comentários e xingamentos deste blogue.