História curitibana. A diarista se esforçou e fez um favor aos patrões: virou o colchão da cama de casal e ficou feliz para quase todo sempre. Quase. Dois meses depois o homem foi atacado por uma bursite no quadril e a mulher ficou entrevada de uma forma tal que doía até respirar. Ortopedistas consultados, remédios tomados, uma infiltração feita, dinheiro gasto. Depois disso tudo foram olhar o colchão. Batatolina: ele só tinha um lado para ser usado conforme manda o figurino. O outro era quase uma cama de faquir. Como na casa ainda havia um senhor em cadeira de rodas, a descoberta do tormento fez o bem humorado homem da casa dizer para a diarista: “Queria ver como você ia fazer para empurrar três cadeiras de uma vez só”. A diarista teve um acesso de riso – e tudo voltou ao normal.