– Primeiro, o petróleo que invadiu o Nordeste era bolivariano, da Venezuela podre de Maduro. Nosso presidente, mais duro que maduro, afirmou que tinha “quase certeza”. Ainda bem que a quase certeza do presidente não vale o mesmo que a infalibilidade do papa. Bem, para 50 milhões de brasileiros vale mais que a do papa…
– Agora surge outro vazamento a encharcar as praias do Nordeste e o óleo não é bolivariano. Vem de Singapura, outro lado deste mundo redondo. Quem vazou, afinal? Se o Brasil não sabe quem vazou para os amadores que vazaram o lero Moro/Dallagnol, como quer descobrir este outro vazamento, que nem virtual é?
– “A carta não expressa a real intenção” [do apoio americano à entrada do Brasil no seleto grupo de países do OCDE], diz o secretário do Comércio dos EUA, Mike Pompeo. A Argentina, agora peronista, tem precedência. Então como fica a promessa de Donald Trump a Jair Bolsonaro e o “I love you” deste para aquele. Fica como o velho ditado sobre a f*da combinada, sempre perdida…
– O MP procura uma “saída honrosa” para Deltan Dallagnol. Por acaso ele cometeu entrada desonrosa? Curioso que ele tem que antes pedir para sair da Lava Jato para ter a saída honrosa via chute para cima. Seria como vacilar em seus princípios e certezas inabaláveis.
– Renan Calheiros renasce das cinzas pela terceira vez e busca o banquinho da janela no lotação bolsonariano: o presidente errou em tudo, “menos no MP”. Os erros desaparecerão quando levar Renan para o ministério. O senador é tão bom que o 04 da família é como o 007: Renan, Jair Renan.
– A coluna de hoje homenageia Nelson Padrella, inspiração juvenil do VD com os textos antológicos da “Carta À Berta”, que manteve nos anos 1970 na extinta Gazeta do Povo.
– Depois de f*der com o PSL, Bolsonaro rompe relações com o partido.
– “É uma espécie de chamado”, diz Angélica sobre a candidatura de seu marido Luciano Huck à presidência. Pronto, temos mais um Messias, o terceiro agora. Huck pelo menos é genuíno, por ser judeu.
– Bzon quer limpar a administração pública para reduzi-la a duas categorias. Se valer seu estilo serão (1) os inúteis e (2) os imprestáveis.
– Os auditores fiscais rebelados com o secretário da Fazenda, Renê Garcia, acusam-no de falta de educação. Esqueceram o governador Roberto Requião. Perto dele, Renê Garcia é uma moça.
– Promessas mil de Trump e juras de amor de Bzon mor e os EUA recusaram a entrada do Brasil na OCDE. A Argentina tem preferência. Nessa hora, Eduardo embaixador não tem utilidade.
– A Time, revista dos EUA, elege Pabllo Vittar como “uma das” líderes da próxima geração (?!). E agora, Bzon mor e o chanceler auxiliar darão passaporte diplomático para ele, assim como deram a Edir Macedo.
– Quando Napoleão mandou matar um duque com medo que este restaurasse a dinastia Bourbon e queimasse seu projeto de ser coroado imperador, um ministro definiu o ato: “mais que um crime, foi um erro”.
– Isso de Bzon mor fazer suspense para assinar o Prêmio Camões para Chico Buarque, mais que uma burrice é uma insensatez.
– Primeiro porque Chico transcende, está acima de paixões políticas. Apesar de seu apoio à Lula/Dilma, ele é um símbolo nacional. E muito antes, bem antes até de o atual presidente graduar-se na escola militar. Sua grandeza passou pela ditadura e se mantém 40 depois.
– Segundo, o presidente foi eleito no quadro pós ditadura e vê Chico como nem os ditadores viam, aquilo de “você não gosta de mim mas sua filha gosta”.
– Ninguém no entorno do presidente mostrou coragem e discernimento para convencê-lo de que assinar o diploma, se não quiser fazê-lo como gesto de grandeza, seria, no padrão Bolsonaro, um gesto de vingança.
– Mas isso é sutil demais para um cérebro neandertal.