Pela causa:
Pesquisadora da UFPR desenvolve sistema que possibilita redução de tempo de espera em filas cirúrgicas no SUS
Projeto busca otimizar processo de controle e manutenção da integridade da fila, minimizando dados e reduzindo custos
Um sistema de informação que faz uso de banco de dados para autogerenciamento de filas de cirurgias eletivas mostrou redução no tempo de espera e dos custos por procedimento realizados no Sistema Único de Saúde (SUS). A pesquisa foi desenvolvida por Simone Cristiane de Souza durante o mestrado no Programa de Pós-graduação em Informática da Universidade Federal do Paraná (UFPR), que defendeu recentemente. Simulações com dados fictícios apontaram que o sistema insere o paciente em fila conforme conduta de risco estabelecido pelo médico, evitando o vencimento de exames e agravamento do quadro clínico, problema crônico devido à demora na realização do procedimento.
Simone explica que o projeto informatiza os dados que hoje são registrados manualmente. “Para se criar aplicativos de controle, cadastro de paciente ou de acesso, por exemplo, é necessário que haja uma base de gerenciamento de dados que dê suporte às informações. No projeto existe o inter-relacionamento dos dados, que insere o paciente automaticamente na fila correta, conforme os critérios estabelecidos pelo médico, especialmente de acordo com a classificação de risco”.
O principal objetivo do projeto foi propor uma solução para otimizar o controle do fluxo das filas de cirurgias eletivas por meio de um recurso informatizado, realizando a inclusão e exclusão dos pacientes em fila de espera. “O sistema busca otimizar o processo de controle e manutenção da integridade da fila, minimizando danos e reduzindo custos ao SUS”, diz a pesquisadora.
O sistema ainda não possui nome específico, porque ainda depende da finalização de alguns módulos. “Para isso necessitamos de incentivo financeiro no desenvolvimento das ferramentas certas para o funcionamento correto”, afirma Simone.
O estudo foi orientado pelo professor Marcos Sfair Sunye e teve auxílio do bolsista Dante da Silva Aléo, que realizou a parte técnica no desenvolvimento do banco de dados.