Da assessoria de imprensa do deputado estadual Soldado Fruet:
Alguns trechos dos depoimentos da última reunião da CPI da JMK, realizada ontem (27), causaram muita estranheza ao presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito, deputado estadual Soldado Fruet (PROS):
1 – O ex-diretor-geral da Secretaria Estadual da Administração e Previdência (SEAP), Francisco Farah, disse que mantinha contatos telefônicos “quase diários” com representantes da JMK, principalmente o sócio oculto Aldo Marchini, que ele considerava normais.
2 – Até o momento, Farah foi o único depoente a falar que o governo atrasou todos os pagamentos à JMK desde o início do contrato, o que contraria outras o teor de outras oitivas e informações oficiais repassadas à CPI.
3 – Farah confirmou ter ouvido de um dono de oficina que a JMK propôs parcelar débitos com 30% de desconto, sob a suposta alegação de que o Governo do Estado não estaria repassando o valor integral, mas afirmou que não houve providências para apurar a denúncia por não ter sido formalizada.
4 – Farah tinha ciência de que a JMK praticava descontos de 15% sobre o valor da ordem de serviço e alegou que esse comissionamento era a forma da empresa ser remunerada – apesar de o contrato prever apenas R$ 0,10 mensais por veículo. Citou ainda que os últimos balanços da empresa apontam prejuízos, o que, segundo ele, mostraria que esses 15% não seriam suficientes.
Inclusive, o presidente da CPI destaca que esse complemento da remuneração por comissionamento foi uma das irregularidades apuradas no processo aberto pela 3ª Inspetoria de Controle Externo do Tribunal de Contas do Estado do Paraná (TCE-PR), conforme detalhou em outra oitiva de ontem a chefe da unidade, Rita Mombelli. Ela relatou que investiga várias irregularidades desde 2015, abrangendo desde a licitação até a execução do contrato com a JMK.
Apesar de acompanhar a situação de perto, o TCE-PR já negou ter acesso ao sistema online de gestão da frota do Estado (https://www1.tce.pr.gov.br/
“Se a JMK nega irregularidades na licitação e na execução do contrato, por que um funcionário seu recorreu à Justiça para ficar calado e não precisar dizer a verdade à CPI?”, questiona o Soldado Fruet.