Do Analista dos Planaltos
No apronto para a corrida à Prefeitura de Curitiba os pré-candidatos mais cotados na opinião popular vão mostrando seus trunfos e dificuldades.
Rafael Greca tem o asfalto nos bairros , de muito apelo eleitoral. Montou ainda um time de apoio de vereadores fortíssimo que controla com mão de ferro. No campo das dificuldades terá que concluir a Linha Verde , muito atrasada e ainda pensar em uma postura mais política de seus secretários tecnocratas que também reclamam que na prefeitura só Greca pode aparecer. Depende muito do apoio financeiro de Ratinho que sabe que o prefeito poderá ser à frente o seu mais forte opositor, uma aliança provisória.
Nessa ordem de pré-candidatos , Ney Leprevost que andava mediano fez um gol de placa trazendo Luciana Massa, a esposa do Governador Ratinho como superintendente de sua Secretária de Justiça, não é pouco, é muito, vai agregar apoios, recursos e o simbolismo de mais poder ao seu lado com programas e ações sociais efetivas.
Francischini no seu estilo de mega jantares , aparições televisivas e narrativas repetitivas de ações policiais e prisões que realizou vai fazendo filiações e atua no campo da segurança pública, não se sabe ainda o alcance do apelo em eleições majoritárias, pode surpreender.
Gustavo Fruet precisa decidir se será candidato ou não, como tem mandato até 2022 não perde nada se não for eleito , mas precisará montar uma estrutura de campanha com estúdios , comitês e marketing que custará muito dinheiro ao PDT e ao candidato.
A alternativa econômica pode ser o deputado Goura para uma campanha mais propositiva e menos competitiva.
João Arruda se dedica ao rádio e a reorganização do MDB, hoje esfacelado. Tem boa presença e tempo de televisão mas carece de um grupo de apoio e disputa o diretório do partido em Curitiba que tem também como candidato o primo Requião Filho. A família do tio ex-senador já teve dois irmãos, Mauricio e Eduardo, disputando a eleição para a prefeitura, um contra o outro e em partidos diferentes, o resultado foi pífio, assim como candidatura de Requião Filho que chegou em quinto lugar, mesmo com os apelos insistentes do pai. Se não se acertarem em casa e montarem um time para valer serão figurantes apenas.
O PT pode surgir com Vanhoni ou Rosinha e à princípio a votação ficará no campo da militância política e na pretensão de eleger dois vereadores.
A somatória de candidaturas entre fortes, médios, fracos e nanicos pode levar o pleito para o segundo turno e aí tudo ficar menos modorrento e mais interessante.
Atualmente a vida política em Curitiba é inexistente. É como na canção de Cazuza: “ Meus inimigos estão no poder, ideologia, eu quero uma pra viver”